17 de Dezembro de 2021

Consumo pós-pandemia: o que esperar dos novos hábitos dos consumidores

A pandemia de Covid-19 transformou o mundo como o conhecíamos, impactando diretamente a economia, os negócios e os hábitos dos consumidores. Com o avanço da vacinação e a retomada gradual das atividades de varejo, é fundamental entender as mudanças no consumo e o novo perfil dos clientes.

Durante o isolamento social, as pessoas foram cada vez mais ao e-commerce, que registrou um crescimento de 27,6% em todo o mundo no ano de 2020, de acordo com o eMarketer. 

No entanto, a mudança de cenário ao longo dos últimos meses fez com que os profissionais do varejo se questionassem sobre quais dessas mudanças vieram para ficar.

Embora o futuro seja incerto, a certeza é que a pandemia reforçou a importância da experiência do consumidor, pois, cada vez mais, as pessoas desejam fazer compras quando quiserem, como quiserem e onde quiserem. 

Nesse cenário, o omnichannel, ou omnicanalidade, tem sido a principal alternativa para atender aos novos hábitos dos consumidores e gerar experiências sem atrito, dissolvendo as fronteiras entre o online e o offline.

Varejo omnichannel e o papel das lojas físicas

O omnichannel deixou de ser um diferencial das empresas para se tornar parte essencial da estratégia de vendas. Assim, os varejistas que forem capazes de fornecer tanto serviços online quanto interações físicas serão a principal opção dos consumidores.

No mundo do consumo pós-pandemia, o melhor canal é o que trabalha com foco no consumidor e atende às suas necessidades, proporcionando uma experiência única através de diferentes meios.

De acordo com uma pesquisa do Google em conjunto com a Euromonitor, 67% dos consumidores brasileiros não se importam com o lugar onde compram (online ou offline), desde que possam obter o produto que desejam.

Além disso, 82% gostam de comprar tanto online quanto em lojas físicas, mostrando que a internet e as redes sociais são ferramentas extremamente importantes na pesquisa de produtos e serviços, seja na comparação de preços ou no acesso a avaliações de outros clientes.

No entanto, esses números expressivos não representam o fim das lojas físicas. Pelo contrário, a mesma pesquisa indica que elas continuarão respondendo por 57% do crescimento e 82% das vendas totais do varejo até 2025.

A estratégia omnichannel pode ser colocada em prática de diversas formas, como a transformação das lojas físicas em centros de distribuição, por exemplo.

Porém, outra característica do consumo pós-pandemia é que as pessoas estão pesquisando mais antes de comprar e dando prioridade a empresas que oferecem benefícios de compras, como cashback, cupons de descontos e programas de fidelidade.

Esse comportamento já estava se popularizando no Brasil, mas, com a crise econômica, está ganhando ainda mais força, o que demanda um olhar atento dos varejistas para essas formas de fidelização de clientes.

Novos hábitos do consumidor no pós-pandemia

Crises econômicas, como a gerada pela pandemia de Covid-19, aumentam a desigualdade na distribuição da renda, gerando um impacto financeiro sobre as camadas mais desassistidas da população.

O aumento da inflação e o alto índice de desemprego também devem ser levados em consideração para entender o comportamento e os hábitos dos consumidores.

Nesse cenário, os três comportamentos de consumo no pós-pandemia são:

  • Consumo de subsistência

Em geral, é adotado pelas camadas de população com renda mais baixa, devido à escassez. Com isso, a economia circular e a criatividade no aproveitamento de recursos devem se intensificar aos poucos até a recuperação econômica completa

As empresas que têm o perfil de público adotando o consumo de subsistência devem se preparar para atuar nesse cenário de médio e longo prazo, pois a tendência é que esses consumidores façam escolhas baseadas em preço e condições de pagamento.

  • Consumo de celebração

De forma oposta, um público de alta renda foi pouco impactado economicamente pela pandemia e voltou rapidamente a consumir com uma demanda reprimida e em um sentido de indulgência.

Em geral, esses consumidores desejam compensar as dificuldades dos últimos meses com agrados pessoais, buscando produtos de desejo, prazer e escape.

Além disso, essas pessoas têm uma propensão ao upgrade, de modo que as empresas com este perfil de público podem investir na abordagem de agregar valor imaterial e diferenciado a seus produtos e serviços.

  • Consumo de reflexão

No meio-termo, o público de média a alta renda também valoriza o consumo consciente, a busca por propósito e sustentabilidade, com foco em produtos com valor agregado e apoio ao pequeno produtor.

Esse perfil de público está disposto a pagar um preço maior por uma compra com impacto positivo na comunidade, pois tem um pensamento local e nacional, sem excessos.

Como você viu, o consumo pós-pandemia passa necessariamente pela transformação digital do varejo e pela adoção de uma estratégia omnichannel, que combina as experiências digitais com as lojas físicas.

Assim, as empresas varejistas que desejam se adequar aos novos hábitos dos consumidores devem investir em novas tecnologias e uma gestão inovadora.

Confira nosso artigo e entenda como um sistema de gestão do varejo ajuda no crescimento da empresa.