02 de Dezembro de 2021

O crescimento do varejo online no Brasil e as tendências para o futuro

Com a pandemia de coronavírus e as recentes mudanças no comportamento do consumidor, o setor do varejo online no Brasil está mostrando sua resiliência e contínuo crescimento. Além disso, desde 2020 o comércio eletrônico tem sido uma importante alternativa para a continuidade da operação de muitas empresas.

A 7ª edição da pesquisa Perfil do E-Commerce Brasileiro mostrou que o e-commerce brasileiro teve uma expansão sólida em 2021, totalizando quase 1,59 milhão de lojas online, 22,05% a mais do que em 2020, quando o varejo digital saltou 40%.

Desde 2015, o ritmo de crescimento do e-commerce chega a uma taxa anual de 23,69%. A variação indica que, no último ano, em média 789 novas lojas online foram criadas por dia no Brasil.

Esses números são um reflexo direto dos efeitos da pandemia sobre a economia e da urgência pela digitalização das empresas, que deixou de ser um diferencial e se tornou essencial para quem deseja conquistar novos clientes.

Expansão e amadurecimento do varejo online no Brasil

Se, antes da pandemia, o comércio digital ainda enfrentava barreiras de desconfiança dos consumidores quanto a questões de segurança, nos últimos meses grande parte dos compradores passaram a comprar online – hábito que pretendem manter para os próximos anos.

Segundo o Ebit, o ecommerce faturou R$ 53 bilhões no primeiro semestre de 2021, com crescimento de 31% em relação ao mesmo período do ano anterior. 

Além da expansão, os números apontam que o setor está passando por um processo de amadurecimento, principalmente com relação à adoção de meios eletrônicos de pagamento, incluindo o Pix.

Assim, as empresas conseguem atender às novas necessidades do consumidor, que está cada vez mais exigente e espera ter uma gama de opções não apenas de produtos, mas também de formas de pagamento, visando a sua segurança.

A pesquisa demonstra ainda que as empresas têm uma preocupação cada vez maior com a experiência do usuário em seu site.

Em 2016, apenas 16% dos sites eram responsivos, número que saltou para 83,51% em 2021, indicando uma interação consistente com os consumidores nos mais diferentes formatos, principalmente devido ao fato de que grande parte das compras são feitas pelo celular.

A tendência de amadurecimento do mercado também se reflete na profissionalização da gestão do varejo, principalmente na construção dos sites.

Nos últimos anos, cada vez menos lojistas estão construindo seus próprios sites, pois a maioria dos pequenos e médios empreendedores estão investindo na utilização de aplicativos e marketplaces.

Por outro lado, os grandes players do mercado estão investindo em ferramentas fundamentais para a gestão das áreas relacionadas ao produto, como um ERP integrado que simplifica a operação.

Com a tecnologia, a gestão do backoffice, das lojas e do e-commerce são centralizadas em somente um sistema, que oferece recursos de análise de dados e propicia tomadas de decisões mais assertivas.

Além disso, possibilita a aplicação de uma estratégia omnichannel que atende às preferências do consumidor, como comprar online e retirar o pedido na loja física mais próxima, por exemplo.

Esta tendência não é recente, mas tem se intensificado nos últimos tempos devido à pandemia e está levando as empresas a desenvolverem uma visão holística sobre seus processos.

Para saber mais sobre o tema, confira nosso artigo e entenda a importância das lojas físicas na retomada do varejo.