24 de Março de 2022
O impacto do Pix na gestão financeira do varejo
Criado no final de 2020, o Pix é o sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central e, desde então, já atingiu mais de 106 milhões de usuários. O novo método causou um impacto significativo sobre o varejo, pois oferece a possibilidade de atender a uma parcela maior de consumidores.
A facilidade e a rapidez na transação são um importante impulsionador de compras para o público, além de melhorar a experiência de compra do cliente. No varejo, o Pix ajuda a reduzir custos indiretos e possibilita o investimento em outras áreas que irão beneficiar a operação como um todo.
De acordo com um documento elaborado por economistas do Banco Central do Brasil para o Banco de Compensações Internacionais (BIS), o novo método de pagamento é considerado mais barato para os lojistas do que pagamentos com cartões.
O texto aponta que o Pix tem um custo médio de 0,22% por transação para os lojistas, enquanto os cartões de débito custam pouco mais de 1% e os cartões de crédito atingem 2,2% no país.
Além disso, segundo estudo da consultoria norte-americana FIS, o uso do Pix no comércio eletrônico deve quase dobrar até 2025.
De acordo com a consultoria, as vendas do comércio eletrônico no Brasil devem avançar 95% até 2025, atingindo 79 bilhões de dólares, nível muito superior ao crescimento de 55,3% esperado para o e-commerce global no período, a 8 trilhões de dólares.
A proposta do Pix não é substituir ou acabar com outros meios de pagamento já existentes, mas oferecer uma nova forma de realizar transações financeiras entre pessoas físicas e jurídicas.
A iniciativa ajuda a modernizar e aumentar a competitividade do mercado financeiro nacional, favorecendo clientes e negócios.
A importância do Pix para um varejo phygital e omnichannel
Quanto maior a diversidade de meios de pagamento que uma empresa oferece, mais atrativa ela se torna para o público.
Por isso, oferecer essa alternativa é um importante diferencial competitivo que impacta diretamente no volume de vendas.
A ampla adesão e consolidação do Pix no dia a dia da população mostra que as pessoas buscam facilidade e rapidez nos pagamentos, portanto, se a loja não oferece essa opção, provavelmente o consumidor irá buscar um concorrente que atenda à sua preferência.
Dessa forma, também é possível otimizar a jornada de compra, pois a compensação instantânea do valor melhora o tempo de envio do produto ao consumidor.
Além de incrementar o relacionamento com o público e agregar valor à marca, esse fator contribui para o aprimoramento da gestão de estoque, afinal, enquanto o varejista aguarda a compensação do pagamento, o produto fica “reservado” no estoque.
No entanto, se o cliente não realiza o pagamento do boleto ou se a operadora de cartão não autoriza a transação, a empresa corre o risco de reter a mercadoria desnecessariamente e perde a chance de vendê-la para outro comprador.
Quando o pagamento é compensado imediatamente, o gestor consegue controlar melhor o estoque e fazer compras mais precisas, direcionadas para a quantidade adequada ao volume e tendência de vendas.
Os meios de pagamento têm relação direta com o número de carrinhos abandonados, que é um dos principais pontos de perda de faturamento no e-commerce.
Dados da Statista mostram que, em todo o mundo, a taxa de abandono de carrinhos foi de 69,57% em 2019. Esse número indica que quase 3 a cada 10 carrinhos de compra online não se tornam, efetivamente, uma venda.
No Brasil, aproximadamente 82% dos carrinhos são abandonados pelos clientes, de acordo com um dos relatórios E-commerce Radar.
Com o Pix, é possível reduzir esse problema, pois o método torna o processo de transação financeira mais acessível e amigável, ao mesmo tempo em que o formato de chaves contribui para a segurança e a preservação dos dados dos usuários.
Essa é uma das grandes transformações que deve continuar se consolidando nos próximos anos. Para saber mais sobre outras tecnologias que estão influenciando o varejo, confira o texto no nosso blog.