28 de Abril de 2022

A importância da aplicação de compliance no varejo

Nos últimos anos, o mundo mudou e as empresas passaram a lidar com o aumento da complexidade dos negócios, levando à necessidade de diminuir sua exposição a riscos desnecessários. Neste cenário, o desenvolvimento de um programa de compliance tornou-se fundamental em todos os segmentos, inclusive no varejo, para aumentar a competitividade, rentabilidade e sustentabilidade empresarial.

Compliance, na tradução literal, significa estar em conformidade ou observância em relação aos preceitos legais estabelecidos pela legislação vigente e as diretrizes internas da companhia. No varejo, manter a empresa em conformidade apresenta uma série de desafios, bem como uma melhora nos resultados e no relacionamento com os clientes.

Essa área é a responsável por assegurar que a empresa está cumprindo à risca todas as diretrizes dos órgãos de regulamentação nas esferas trabalhista, fiscal, contábil, financeira, ambiental, jurídica, ética etc.

Por isso, empresas varejistas que desejam se consolidar no mercado a longo prazo devem alinhar sua função de compliance aos objetivos estratégicos, missão e visão da organização, criando programas preventivos e de monitoramento que gerem valor a todos os envolvidos.

Alguns dos objetivos e responsabilidades da área de compliance são:

  • Analisar meticulosamente os riscos operacionais;
  • Gerenciar os controles internos;
  • Desenvolver projetos de melhoria contínua e adequação às normas técnicas do setor;
  • Analisar e prevenir fraudes;
  • Realizar auditorias periódicas;
  • Rever e gerenciar as políticas de segurança da informação, gestão de pessoas e outros departamentos-chave;
  • Gerenciar a elaboração de manuais de conduta e trabalhar na comunicação das regras de compliance como parte fundamental da cultura organizacional;
  • Interpretar leis e adequá-las ao contexto e às necessidades da empresa.

Gestão de riscos e compliance no varejo

O compliance começou a ser desenvolvido na década de 1990 em bancos e instituições financeiras. Desde então, empresas de todos os segmentos viram a importância de ter uma área dedicada a gerir os riscos e manter a conformidade às normas internas e externas.

No varejo, o público mostra-se cada vez mais informado e exigente, priorizando empresas com responsabilidade social, ambiental e regras anticorrupção.

Com a transformação digital e a migração do varejo para o omnichannel, há um fluxo cada vez maior de informações que devem ser protegidas com uma política eficiente de segurança de dados.

O segmento costuma ser um grande alvo de fraudes e crimes eletrônicos, gerando prejuízos financeiros e impactando a imagem da empresa no mercado.

Assim, estabelecer um programa de compliance em uma empresa varejista ajuda a fortalecer o controle e a organização do fluxo de dados, de modo que as leis sejam cumpridas e as perdas financeiras possam ser minimizadas.

O processo de conformidade deve ser baseado em três pilares: prevenção, detecção e resposta.

No varejo, também é importante criar uma sinergia com as áreas de prevenção de perdas e gestão de riscos, bem como auditorias constantes para monitorar sua execução e corrigir possíveis desvios.

O varejo é um mercado extremamente dinâmico e com alta capilaridade, o que pode ser um desafio para implementar um programa de compliance de maneira eficiente.

No entanto, no mundo atual não se trata mais de adotar ou não práticas de conformidade, mas, sim, como fazê-lo de maneira a acompanhar o crescimento econômico da organização e incorporar as regras ao comportamento de todos dentro da empresa.