23 de Junho de 2022

Como a gestão de compliance se tornou uma estratégia de mercado?

Desafio de qualquer empresa, alcançar um patamar de destaque em seu segmento, especialmente no varejo é o que move muitos executivos. Além das diversas questões que são relevantes no mercado, como qualidade, atendimento de excelência e uma logística adequada, uma vertente surge como pilar de sustentação: a gestão de compliance. 

O que é compliance?

Muitas pessoas até já ouviram falar, mas poucos entendem a importância do termo no cenário corporativo. Compliance tem origem do verbo inglês “to comply”, que pode ser definido como o ato de cumprir, executar e/ou agir de acordo com as normas e legislações vigentes. 

Então, a gestão de compliance é caracterizada pelo conjunto de ações de uma empresa em prol desse objetivo. Essa política já é adotada há algum tempo em diversas instituições no Brasil, especialmente as multinacionais e empresas que atuam no mercado financeiro. 

Entre alguns exemplos de ações voltadas ao Compliance, podemos citar o Código de Defesa do Consumidor, as regras de Segurança e Saúde no Trabalho, a conscientização sobre as questões que envolvem ESG (Environmental, Social and Corporate Governance) na organização e as diretrizes para atender às normas da CVM. Devido à sua importância, a gestão de Compliance também tem se tornado uma pauta relevante entre as pequenas e médias empresas.

Por que é importante adotar uma gestão de compliance?

A gestão de compliance está diretamente ligada a assuntos que envolvem ética, missão e valores. Por isso, suas ações buscam o cumprimento de leis e regulamentações internas e externas, tornando necessárias a implementação de metodologias para atender a esses princípios. 

Entretanto, esse não é o principal motivo para que milhares de empresas tenham começado a investir nessas questões. O compliance se tornou uma estratégia de negócio, desempenhando um papel importante no fortalecimento de marcas perante o mercado: clientes, fornecedores, concorrentes e instituições de diversas finalidades.

Isso porque ações de compliance garantem uma vantagem competitiva quando fortalecem a gestão da empresa e atuam de forma preventiva na promoção do que deve ser respeitado dentro da instituição. Ou seja, o compliance contempla os aspectos mais importantes de governança corporativa e gerenciamento de riscos, o que aumenta a eficácia do controle interno da organização. 

Sendo assim, podemos resumir os benefícios de adotar uma gestão de compliance em:

  • Reduzir a exposição da empresa a riscos;
  • Contribuir para o aumento da competitividade de mercado;
  • Aumentar a rentabilidade do negócio;
  • Atenuar a punibilidade da instituição em torno de transgressões;
  • Favorecer o crescimento e sustentabilidade empresarial;
  • Adotar boas práticas de gestão, governança e organização;
  • Aumentar a motivação dos colaboradores e produtividade das equipes;
  • Desempenhar seu papel na comunidade com ética e responsabilidade;
  • Manter a empresa em conformidade com as exigências de caráter legal. 

Como implementar uma cultura de ética e integridade dentro da empresa?

O primeiro passo para a empresa implementar a gestão de compliance e torná-la parte da cultura organizacional é estabelecer as políticas e normas que irão nortear esse processo. Junto a esse início, é fundamental encarar a decisão como um investimento e não um custo para a organização.

Essa atitude é essencial para que a gestão de compliance se torne parte da rotina da empresa de forma gradual, duradoura e consistente, se mantendo estável sob quaisquer desafios que possam surgir durante essa jornada. Até porque, no processo de implantação, são necessárias diversas novas medidas para que essa mudança resulte no crescimento da empresa, como:

  • Conhecer as normas e regulamentações de forma profunda;
  • Dispor de uma equipe que se mantenha atenta ao cumprimento dos procedimentos internos;
  • Disseminar a nova cultura, os padrões éticos e a conduta moral entre os colaboradores;
  • Preservar a imagem da empresa perante o mercado, diminuindo o número de ocorrências internas e externas;
  • Manter uma gestão ética e transparente para consolidar o compliance não apenas pela teoria mas também pelo exemplo.

Esses cinco preceitos são fundamentais na busca por uma gestão de compliance pautada pela integridade. Sem isso, não será possível engajar os colaboradores nesta conduta e os resultados almejados também não serão alcançados. Por isso, é importante ter a sensibilidade para integrar lideranças e equipes no alinhamento das novas ações. 

Quais as desvantagens de não investir em Compliance?

Mesmo que a gestão de compliance já tenha se estabelecido como uma necessidade estratégica de mercado, muitas empresas ainda não se alinharam nas questões. Além de ficarem em desvantagem perante aos concorrentes, essas organizações estão sujeitas a riscos importantes nos âmbitos operacional, contábil, tributário, jurídico e financeiro. 

Esse é apenas um dos grandes desafios que fazem parte da rotina atual das organizações brasileiras e mundiais. Para se manter atualizado das transformações no mundo corporativo, confira mais artigos em nosso blog